domingo, 1 de agosto de 2010

Welcome to hell




Trancada no seu quarto em um sábado a noite, Sue se distrai com seus pensamentos e quando percebe, a noite chegou novamente, trazendo a solidão de todos os dias, ela pode sentir sua presença e pode ver, como se fosse uma pessoa qualquer. Ela chega de mansinho, calada, e começa a ocupar o espaço, onde antes estavam os sentimentos bons.
Ela, a solidão, trás consigo todas as lembranças, as antigas culpas e tudo que não volta mais, e entao Sue pensa:" Quanta coisa ficou por dizer", com esse pensamento a solidão ganha força e sorri, vitoriosa. 
E então surgem todas aquelas antigas sensações, as nauseas, as dores e tonturas, uma dor inexplicável, surge de um lugar desconhecido, os olhos se enxem com a segunda inimiga, ainda mais silenciosa, a inimiga molhada de todas as noites, todo seu corpo se encolhe enquanto ela finge que some, a dor aumenta a cada golpe da inimiga molhada e ela sente a solidão mais perto e mais forte, então ela desiste de lutar e chora. Ela chora com todas as forças que tem, e reúne todas as partes da inimiga em seu travesseiro. Logo depois adormece, e todos os seus medos, os reais e os inventados, surgem no meio dos seus sonhos coloridos e destroem mais uma vez tudo que há de bom na pequena garota. 
Ao acordar ela está acabada, se sente como um guerreiro ao voltar de uma batalha,ela está ferida, sonolenta e sem vontade alguma de voltar para sua rotina, sua mãe não percebe nada diferente, ninguém perceberia, porque ela finge muito bem. Enquanto se arruma ela pensa em todas as coisas que ela odeia fazer todos os dias, nas pessoas que ela não queria nem ter conhecido. E a última coisa que pensou antes de esgotar o tempo reservado de todas as manhãs foi : "Bem- Vinda ao inferno de novo"

2 comentários:

Unknown disse...

Na minha opinião uma vírgula colocaria mais ênfase nessa frase: Bem-Vinda ao inferno, de novo.

Algo que eu diria a Sue:
- Também sou um bom ator em camuflar sentimentos, mas não recomendo guardar tanta coisa só para si, sempre existe um limite e como num vulcão, a explosão causa muitos estragos.

Anônimo disse...

o Potter disse tudo,sabiamente '-'