Garrafas Verdes.

Sentia-se completamente idiota por pensar nele de novo.

Não, não estava apaixonada, não era de todo um sentimento real, era meio... platônico, imaginário, irreal e totalmente sem sentido algum, é claro que ela não saberia dizer, caso alguém perguntasse, se ela o veria novamente, afinal, quantas coisas estão destinadas a acontecer por apenas uma noite? Mesmo que o convite para um próximo encontro estivesse ali, já feito.

O contato, era um tanto quanto, estranho. Falar com ele e sentir-se completamente na friend zone não era exatamente o que ela esperava sabe como é? Principalmente por, naquela noite, eles parecerem tanto um casal, daqueles de verdade ou de tumblr, não importava muito. Eram estampas diferentes, olhos verdes e um sorriso lindo, uma dose de Absinto com gelo e os pensamentos completamente confusos que permaneceram no "antes".

Ao som de Ramones, ao gosto de Heineken ela lembrara do ex, antes mesmo de conhecer esse novo par de olhos, essa nova conversa leve, esse novo riso e esses novos gostos, de outra pessoa. 

Não era necessário exatamente estar bêbada para lembrar daquele cara que, por tanto tempo emprestou a blusa preta dos Ramones a ela enquanto comiam cupcake na Augusta em alguma tarde perdida de sábado, ou então pagou algumas cervejas ou frapuccinos da Starbucks, em muitos momentos juntos na Avenida Paulista. Era um amor Paulista, e lá estava ela, em um lugar propício a essas lembranças tão dolorosas, com sua garrafa verde, dessa vez com literalmente o gosto da derrota a cada gole, era a sua cerveja preferida, com a cor preferida dele.

Passou, foi um surto, um flash, após a dose de Absinto de segundos atrás. E num piscar de olhos lá estava ela, na pista, dançando feito louca com seus novos amigos e fazendo o que faz de melhor, fingir que tudo está bem, foi quando um par de olhos claros encontraram com os dela e mais uma nova história começou em Las Vegas.