sábado, 27 de abril de 2013

Medo.

"Se você pudesse resumir em uma palavra o que viveu até aqui, qual seria a palavra?"

Bom, a primeira palavra foi: MEDO.

E isso me lembra uma música, declamada aos berros.

"O primeiro senso é a fuga.
Bom, na verdade é o medo,
Daí então, a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude,
Uma alteridade disfarçada,
Inquilina de todos os nossos riscos,
A juventude plena e sem planos se esvai
O parto ocorre.
Parto-me. Parto-me. Parto-me. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias.
Flagelo-me.
Exponho cicatrizes.
E acordo os meus, com muito mais cuidado,
Muito mais atenção!
E a tensão que parecia nunca não passar,
O ser vil que passou para servir,
Pra discernir, harmonizar o tom.
Movimento. Som.
Toda terra que devo doar.
Todo voto que devo parir.
Não dever ao devir,
Nunca deixar de ouvir,
Com outros olhos!" *

Breu. E então, o parto ocorreu.
E agora?

*Música Amadurecência do O Teatro Mágico

Nenhum comentário: