Os pingos da chuva
Dançam contra a luz
Das duas às três.
Manhã de segunda
A garota que viaja
Na dança dos pingos.
O pensamento longe
Enquanto o sono vem...
e faz sonhar.
Num jardim
no outono
E a terra molhada
No verão chuvoso.
Nada se sabe mais.
O tempo e o clima
são outros,
Com as mesmas palavras
E as poucas estrelas.
A metafísica das cores,
A anomalia das flores,
A confusão dos amores.
Longe, longe voam,
pra bem longe, vão além
borboletas noturnas soam
como sinos, em Belém ?
Um comentário:
Não não, os sinos não soam em Belém, soam sim em nossos sonhos, afinal de contas, o que seria da fantasia se não fossem os sonhos?
Postar um comentário