quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Tempo.


O tempo é um lance engraçado, medido de várias, inúmeras formas: segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas, séculos, milênios… não há dúvidas de que ele passa, e passa rápido.
Parece que foi ontem que eu entrava no meu primeiro dia de aula do Ensino Médio, aliviada por ter passado por uma fase discutível. Foram 8 anos, que, em partes, foram em vão. Em conhecimento, foi maravilhoso sou eternamente grata a todos os meus professores dessa época, porém em relação às pessoas, bem não me fazem falta, em nada, posso contar apenas UMA pessoa que está presente na minha vida até hoje.
Meu primeiro ano foi uma verdadeira catástrofe, aconteceu tudo junto, o descobrimento da liberdade, do mundo fora dos muros, das pessoas reais, e não mais daquele mudinho fechado que por 8 anos eu vivi.
Dessa vez, todos os muros, portões e principalmente as amarras que me prendiam a um imaginário totalmente idealizado por mim mesma, estavam quebrados, queimados, todos os limites, soterrados, foi então que me perdi, caí, 2009 foi o ano tombo da minha vida.
Pasou, e em 2010 foi o momento de me reerguer, sem maturidade, sem nenhum conhecimento de mim mesma, sem saber mais nada, apenas uma certeza a ETEC e com certeza essa foi minha única certeza por algum tempo. No meu segundo ano eu não era ninguém, não era nada, não sabia nem o que e muito menos quem eu realmente era, até perceber que era isso que eu transmitia para as pessoas, que passaram a me perguntar: QUEM É VOCÊ? no fundo eu sabia que elas queriam apenas saber meu nome, e em que sala eu estava, e elas nem sabem que essa simples pergunta me fez pensar, e repensar “quem eu realmente era?”.
E foi assim que eu passei a me conhecer melhor, e hoje eu posso dizer que sei quem sou, sei o que eu gosto, o que eu não gosto, e principalmente sei quem está do meu lado, e tudo isso eu descobri num lugar mágico, onde eu habitei por 2 longos anos, onde eu me inspirei, onde eu chorei, respirei e simplesmente curti.
2011, foi o ano do fechamento desse ciclo todo, de crescimento e amadurecimento, foi onde eu encontrei meus amigos, os verdadeiros que me acolheram como se fossemos uma família, foi o ano que eu amei mais, me apaixonei mais, me aventurei mais e consequentemente, chorei mais. Tudo foi mais intenso, em maior escala, porém o mais importante, eu descobri o meu lado que consegue fazer música.
E assim o Ensino Médio passou, eu passei, eu cresci, eu mudei, fisicamente (não tenho mais meus longos cachos, hoje eles são bem mais curtos e vermelhos), e principalmente psicológicamente.
De fato, não me arrependo de nada, absolutamente nada, se pudesse, repetiria tudo! Inclusive os erros, para aprender com eles novamente!
E assim é o tempo, ele cura, ele ensina, nele vivemos, aprendemos e no fim ele sempre passa, aliais, já passou e não vi!

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