terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Das coisas que até Vênus gostaria de ouvir.


"Eu ainda consigo me lembrar do gosto, era gosto de cerveja, as vezes de qualquer outra bebida, misturado ao meu gosto de cigarro, de fumaça.

Lembro dos beijos me impedindo de fumar, entre a fumaça, entre risadas. Foi madruga nublada, entre conversas, pensamentos, confissões, lembranças. 

Incrível como aquele cara conseguia dizer as coisas certas, as coisas que, mesmo que eu nunca tivesse desejado, eram interessantíssimas, coisas que até Vênus gostaria de ouvir, uma ótima massagem ao ego e eu estava acreditando em tudo isso." 

Esse foi o primeiro pensamento de Sue quando lembrou da madrugada anterior, e agora? O que resolveria da sua vida? Em sua mente ainda estavam os flashs de todas as coisas que aconteceram, foram ditas, feitas, vividas, mas até quando isso ficaria intacto?

Afinal, ele era ocupado demais para ela, as coisas sumiriam dali em diante, ela não sabia lidar muito bem com essa inconstância, falava com ele bem menos do que desejava ou poderia, e quase não o via. 

Aos poucos as lembranças, seriam apenas mais lembranças e ela não via a hora de simplesmente começar as aulas e parar de pensar tanto.


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