terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Pela toca do coelho...

"Minha carne é de carnaval, meu coração é igual" era isso que a garota, de pijama em meio a uma imensa bagunça em seu quarto, pensava, apesar de estar ouvindo "Há meros devaneios tolos a me torturar".

Madrugada de segunda para terça de carnaval, uma segunda com cara de domingo, depois de um domingo com cara de sábado e um sábado com feições de uma sexta-feira animadíssima, mas afinal até os dias daquele carnaval resolveram se fantasiar de outros dias, apenas para confundi-la entre muitas conversas e pessoas novas, e outras tantas antigas também. Nada muito esclarecedor, mas afinal, que mal tem?


É Carnaval, tudo parece ser permitido a cama está sem arrumar, ela esta acordada em plena madrugada, a segunda, seguida, quando deveria acertar o sono para a semana seguinte, logo as aulas voltariam e ela estaria exausta mas, pensando melhor... não importava tanto estar cansada, pelo menos não por enquanto. O cansaço e a falta de tempo levariam embora as poucas lembranças que sobreviveram da noite chuvosa a exatamente um mês atrás.

Ela achava estranho que isso parecesse ter acontecido a tanto tempo, achava até graça que as coisas acontecessem e desacontecessem assim tão rápido, como num piscar de olhos. 

Alias, lembrou de ter lido que "a vida é um pisca pisca pisca sem parar, até que um dia a gente pisca pela última vez, e morre... e depois que morre, vira hipótese" e ao mesmo tempo de ter ouvido que "as vezes coisas que há muito morreram podem voltar a existir", não estava certa de que nenhuma frase era realmente assim, seus pensamentos antes de dormir realmente não eram muito fiéis à realidade, então, tão rápido quanto o flash ela viu um coelho super herói passando em meio a frases e devaneios sonolentos, quis segui-lo e, sem pensar duas vezes, o fez, até cair em sua toca e, a partir daí... bem, vocês já devem saber que o nome dessa garota é Alice, e que ela acabou de cair alguns, muitos, metros na toca de um coelho atrasado, que passou por ela correndo e gritando "É MUITO TARDE!".

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