segunda-feira, 10 de agosto de 2015

"eu tomo remédios de todas as cores, todos os dias..."

eu tomo remédios de todas as cores, todos os dias
eu me entupo de qualquer tipo de comida-morta
desde que me entendo por gente
Eu destruo os jardins do meu corpo
eu me mato um pouco a cada segundo
e achava que sem infestar meus pulmões de fumaça me sentiria melhor

Eu sinto dores o tempo todo, e bem sei o motivo
me sinto um cadáver
não conheço meu corpo em sua forma real e não o respeito
tampouco conheço meus ciclos e minhas cores
me sinto uma farsa

E tudo ainda dói
O cansaço dessa vida vil me destrói
Assim fica difícil me defender...
Principalmente quando me silencio
Sufocando o grito no peito
o impedindo de ecoar...

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