quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Corre...


Escuto o começo do violino de uma música que me diz para não voltar pra casa e me lembro dos sábados, da barra, do espelho, dos pliés, dos port de bras e de todo tempo passado em sequências repetidas e as vezes erradas, mas sempre buscando a perfeição a cada passo.

Faz falta sim, mas um dia eu volto...

Sinto que não podemos permitir que os amores da vida virem uma obrigação, um fardo pesado a se carregar.

Os amores da vida precisam ter leveza.

Sentada no escritório, lembrei de todas as coisas enquanto a música ainda ecoava em meus ouvidos, as minhas memórias se confundiam e eu deixava um sorriso se abrir nos olhos enquanto mordia os lábios.

Sabe, tenho escrito coisas que são novos amores, uns amores imensos que arrecadei sem querer no meio do caminho, enquanto eu tropeçava e me erguia, sem cansar.

E enquanto penso nisso tudo, eu escuto alguém dizer "Corre!" e é isso que tenho feito.
Antes, se eu corria era pra te ver meu bem, hoje, é para observar o quanto a vida pode ser maravilhosa, ainda que estejamos por um triz.


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