Enquanto algumas pessoas morrem
Outras fazem aniversário
Outras ainda casam, trabalham
Vivem.
O jogo passa na tela do computador, numa sala cheia de pessoas e máquinas, o novo proletariado tecnológico, se gaba por não apertar parafuso, mas vive apertando pequenas teclinhas, sem sair do lugar, sem ao menos pensar no que fazem, e segue o jogo, enquanto ainda produzem, me são de grande utilidade.
A moça de lenço na cabeça e regata vermelha, tira os brincos para fazer as incontáveis ligações, sempre dizendo a mesma coisa, seguindo o mesmo protocolo, de forma maquinal.
Nem ela, no auge de toda sua lucidez (e coragem, porque não?), a questão é que nem ela mesma pensa mais... seu cérebro foi dissolvido em água fervente, e agora ela consegue somente repetir o que lhe é obrigado.
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