domingo, 27 de março de 2016

Das distâncias e open bar...

Escuto canções e dedico-as a um amor que não existe.
A um amor que deve ter entrado em coma
daqueles alcoólicos mesmo, após uma daquelas noites de open bar na Augusta.
Escuto canções p'rum amor que está prestes a existir.
Existir dentro d'um peito que ainda cicatriza
E ainda que incerto e não concreto,
aquece o coração que ainda bate, mesmo arisco.

Escuto canções e as tomo como trilha sonora.
Roteirizo as relações distantes.
Crio histórias inteiras, com diálogos, como filmes na minha cabeça.

"- Moço, sinto que to ficando apaixonada por você, o que não faz sentido nenhum, porque estar ficando é apenas estar e pra esse estar vir a ser, falta pouco quase nada, só te peço, ainda que não venha agora, deixe a porta aberta... "
"- Ei, espera, amanhã to por ai e..."
"- Te busco que horas na rodoviária?"



Nenhum comentário: